quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Entenda o que é o recuo do mar que atingiu as praias do Brasil

As praias do litoral Sul do Brasil amanheceram com as águas extremamente recuadas no início desta semana. Em alguns locais de Santa Catarina, o recuo do mar foi de até 50 metros o que fez com que, em pontos do Sul do Estado, embarcações encalhassem. Em Itajaí, estima-se que o prejuízo tenha chegado a 700.000 reais. Em Caraguatatuba, em São Paulo, os barcos também ficaram na areia. O fenômeno, impulsionado por fortes ventos que empurram as ondas em direção a alto mar, é comum – mas raramente é tão intenso.

“Costumamos observar recuos do mar de dez ou, no máximo, vinte metros. Os eventos deste fim de semana foram entre duas e cinco vezes maiores que o normal”, explica Joseph Harari, professor do Departamento de Oceanografia Física, Química e Geológica da Universidade de São Paulo (USP). “Dessa vez, tivemos a persistência por vários dias de ventos fortes que carregaram as águas para longe das praias – foi um evento meteorológico de grande escala que se refletiu em um fenômeno também de grande magnitude no oceano.”
Segundo o especialista, os ventos fortes – que em alguns pontos do litoral chegaram a 80 quilômetros por hora – são resultado de um sistema de alta pressão no Atlântico Sul. Os ventos, vindos do Nordeste e soprando em paralelo à costa brasileira, empurraram as águas para Sudoeste. Junto a isso, a fase cheia da Lua dos últimos dias intensificou a maré baixa.
“Quando temos esses ventos vindos da direção Norte paralelos ao litoral, soprando persistentes e com forte intensidade, a água do mar acaba sendo ‘empilhada’: recuo das águas”, explica Bianca Lobo, meteorologista do Climatempo.

Previsão

Nos próximos dias, o mar deve voltar às condições normais. Segundo o Centro de Previsão de Tempo de Estudos Climáticos (Cptec-Inpe), o risco de recuo do mar ou ressacas vai diminuir no litoral Sul e Sudeste. De acordo com o órgão, os sistemas meteorológicos que favoreceram a ocorrência do recuo do mar não estarão atuantes. O Cptec destaca também que não existe “qualquer ligação e/ou risco de tsunami”.
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