terça-feira, 25 de agosto de 2015

257 mil crianças no Ceará ainda precisam ser vacinadas contra paralisia infantil


Faltam seis dias para finalizar a 36ª Campanha Nacional contra a Poliomelite, iniciada no último dia 15, e o Ceará ainda precisa vacinar 257 mil crianças entre seis meses e cinco anos incompletos. A meta é vacinar contra paralisia infantil até a próxima segunda-feira, dia 31, 570,4 mil crianças no Estado. De acordo com balanço do Ministério da Saúde (MS), divulgado nesta terça-feira, 25, 313,3 mil crianças já receberam a gotinha que protege contra a doença.

"É fundamental que pais e responsáveis levem as crianças para receber a vacina até o dia 31 de agosto (quando termina a campanha que não deverá ser prorrogada), para mantermos a pólio erradicada no Brasil. Até mesmo aquele pai que perdeu a caderneta, e não se lembra quando foi a última dose, deve ir a um posto de vacinação. Como a campanha serve como reforço da vacinação, todas as crianças devem ser levadas às unidades de saúde para continuarem protegidas da paralisia infantil”, orienta, em material da Agência Saúde, o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Antônio Carlos Nardi.

No Brasil, a expectativa é vacinar, pelo menos, 12 milhões de crianças de seis meses a cinco anos incompletos, o que representa 95% nesta faixa-etária. O público total é de 12,7 milhões. Todas as crianças nesta faixa etária devem ser imunizadas, mesmo que já tenham completado o esquema vacinal contra a pólio - nesses casos, a dose servirá como reforço na proteção.
 
O objetivo da campanha, realizada pelo MS em parceria com estados e municípios, é manter o país livre da pólio, uma vez que o último caso da doença foi registrado em 1989. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem. 

Outras doenças

Sarampo e caxumba também podem ser evitadas por meio da vacinação ainda na infância. E por isso, o MS realiza, juntamente com a campanha contra a pólio, mobilização para atualizar a caderneta infantil. A orientação é que pais e responsáveis, quando levarem as crianças para receber a gotinha contra a paralisia, apresentem a caderneta infantil ao profissional de saúde, que irá avaliar a necessidade da administração de outras vacinas. Assim, doses que estiverem em atraso, poderão ser aplicadas na hora ou agendadas para outra data, mantendo o esquema vacinal da criança atualizado.

Durante a campanha, serão disponibilizadas vacinas contra tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba, varicela, meningites, febre amarela, hepatites, difteria e tétano, entre outras. As crianças que ainda não iniciaram o esquema vacinal contra a poliomielite não receberão a gotinha, mas sim a dose injetável, que é aplicada aos dois e quatro meses de idade do bebê. A vacina de oral só é administrada depois que a criança já recebeu as duas doses injetáveis - disponível durante todo o ano nos postos de vacinação.

Sintomas da pólio

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.

Esquema de vacinação contra pólio

Crianças de 2 meses - Vacina inativada poliomielite – VIP Crianças de 4 meses - VIP (injetável)
Crianças de 6 meses - Vacina oral poliomielite – VOP Crianças de 15 meses - VOP (reforço) 

Fonte: O Povo



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