A cada hora, dois casos de dengue são confirmados no Ceará.
Diariamente, são mais de 57 novas ocorrências. É o que aponta o boletim
epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), de 30 de abril.
No ranking brasileiro, o Ceará ocupa a 7ª colocação entre os estados com
maior número de notificações da doença - 20.913, o que representa
aumento de 280,7% em relação ao igual período do ano passado (5.493).
Em primeiro lugar, está São Paulo (401.564), seguido de Goiás (63.203),
Minas Gerais (60.838), Paraná (40.203), Pernambuco (24.340) e Rio de
Janeiro (22.484), informa o boletim epidemiológico divulgado ontem pelo
Ministério da Saúde. O levantamento, que traz dados até 18 de abril,
revela que o País vive uma epidemia de dengue, com 745,9 mil casos
notificados - quase cinco por minuto.
Neste ano, foram confirmados 229 óbitos nas primeiras 15 semanas do
ano, um aumento de 44,9% em relação ao igual período do ano passado,
quando foram registradas 158 mortes. No Ceará, cinco mortes foram
confirmadas, sendo duas em Maracanaú, uma em Aquiraz, uma em Barbalha e
uma em Varjota.
Em 2015, até 18 de abril, foram 404 casos graves, o que representa
aumento de 49,6% em relação ao igual período de 2014, quando ocorreram
270. No Ceará, foram notificados 208 tipos graves da doença, dos quais
165 se confirmaram. Destes, 146 (88,4%) por dengue com sinais de alarme e
19 (11,5%) por dengue grave. Março obteve o maior número de casos
graves e óbitos. Foram 66 confirmações (40%) dos 165 registros e quatro
mortes (80%) das cinco investigadas.
Já a Capital foi responsável por 53,4% dos casos de dengue com sinais
de alarme do Estado, enquanto o Interior obteve 63%. A doença está
presente em 113 dos 184 municípios cearenses.
Monitoramento
Márcio Garcia, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa,
destaca que o órgão vem em um constante trabalho de vigilância e
monitoramento dos casos e que os meses de março a maio são,
tradicionalmente, os com maior número de confirmação da doença. "É um
momento de atenção tanto para a população, que deve eliminar os focos em
seus domicílios, quanto para os profissionais de saúde". Ele acrescenta
que o Ceará tem mais casos do que 2014. Porém, menos do que os anos
epidêmicos.
Luana Lima
Repórter/DN
Repórter/DN
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