A expectativa de vida dos cearenses cresceu 3,4 anos, alcançando 69,2
anos entre os homens e 77,2 entre as mulheres, segundo estudo da
Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social (STDS) e do Instituto
de Desenvolvimento do Trabalho (IDT). Além disso, o relatório apontou
que as mulheres são maioria entre os idosos, com parcela de 55%. Os
dados são do estudo "Dinâmica demográfica e mercado de trabalho na
terceira idade: a realidade cearense", divulgado pelo Governo do Estado.
O envelhecimento populacional vem se consolidando no Ceará nos últimos
anos, visto que o número de idosos aumentou em 271 mil pessoas, entre
2009 e 2013. É um adicional de 67,8 mil por ano. Assim, de cada 100
pessoas residentes no Ceará, 13 possuem 60 anos ou mais. A expectativa é
que o índice de envelhecimento da população deva crescer de 26,7%, em
2013, para 37,2%, em 2020 e alcance 60,2%, em 2030.
De acordo com a STDS, esta ampliação tem reflexos diretos em diversas
áreas, como educação, saúde, previdência e, especialmente, no mercado de
trabalho. Para o secretário adjunto da STDS, Herman Normando, "essa
pesquisa demonstra a realidade do Estado e fomenta o debate para que os
gestores e a sociedade pensem medidas para fortalecer ações de saúde,
educação e trabalho para as pessoas que estão na terceira idade".
A expectativa de vida dos cearenses é, atualmente, de pouco mais de 73
anos, discretamente acima da média nordestina (cerca de 72 anos), mas
ligeiramente abaixo da média nacional (74,9 anos). Em 2013, é resultante
das expectativas masculinas (69,2) e feminina (77,2 anos), o que aponta
para uma sobrevida das mulheres de oito anos, em relação aos homens.
Mercado
Além do crescimento, a população de 60 anos ou mais respondeu por 13%
da população cearense e por cerca de 9% de sua força de trabalho, em
2013. No Ceará, a inserção dos idosos no mercado de trabalho, em termos
relativos, é maior que as médias nacional e nordestina.
Esta maior presença da população de 60 anos ou mais no mercado laboral e
o crescimento contínuo da população de 15 a 59 anos proporcionam uma
tendência de maior pressão sobre o mercado de trabalho estadual. Para os
trabalhadores na terceira idade, foram geradas 22 mil novas ocupações,
em 2013.
Conforme o estudo, a maioria deles se ocupa por conta própria, na
produção para o próprio consumo e, em menor medida, no trabalho
assalariado, independentemente de sexo, citando as três alternativas de
ocupação mais usuais, com renda de meio a um salário mínimo. "São
trabalhadores que possuem um perfil diferenciado, pois são profissionais
com atitude, ou seja, têm iniciativa na atividade que desempenham", diz
o presidente do IDT, Gilvan Mendes.
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